Fado

Imprimir
Amalia Rodrigues
Que perto estamos e que lonxe, as veces, te sinto. Este pode ser un dos sentimentos que nos transmite o fado, música portuguesa universal e que a vez tamén serve para definir esta indiferencia hispanica cara a cultura lusa, quen sabe se algún día as verbas de Saramago sean unha realidade e seamos todos un. Ate ese momento, escoitemos algúns dos exemplos destes fados, sendo unha lixeira aproximación, xa que sería temerario pola miña parte facer deste espazo un estudo pormenorizado do fado.

O primeiro video que traio é unha canción do guitarrista de guitarra portuguesa Carlos Paredes , chamada "verdes anos" na interpretación do que fora ídolo nacional Amalia Rodrigues . A gravación non é de moi boa calidade mais penso que paga a pena.



Era o amor
Que chegava e partia
Estarmos os dois
Era um calor, que arrefecia
Sem antes nem depois

Era um segredo
Sem ninguém para ouvir
Eram enganos e era um medo
A morte a rir
Dos nossos verdes anos

Foi o tempo que secou
A flor que ainda não era
Como o outono chegou
No lugar da primavera

No nosso sangue corria
Um vento de sermos sós
Nascia a noite e era dia
E o dia acabava em nós

 

Dim lights Embed Embed this video on your site

 

No seguinte video temos o mesmo tema, pero nesta vez na sua versión instrumental do propio Carlos Paredes.

 

Dim lights Embed Embed this video on your site

 

O derradeiro fado será "Que deus me perdoe", este tema foi cantado tamén por Amalia e porteriormente por Mariza , desta banda é interpretada pola esta última.

Se a minha alma fechada
Se pudesse mostrar,
E o que eu sofro calada
Se pudesse contar,
Toda a gente veria
Quanto sou desgraçada
Quanto finjo alegria
Quanto choro a cantar...

Que Deus me perdoe
Se é crime ou pecado
Mas eu sou assim
E fugindo ao fado,
Fugia de mim.
Cantando dou brado
E nada me dói
Se é pois um pecado
Ter amor ao fado
Que Deus me perdoe.

Quanto canto não penso
No que a vida é de má,
Nem sequer me pertenço,
Nem o mal se me dá.
Chego a querer a verdade
E a sonhar – sonho imenso –
Que tudo é felicidade
E tristeza não há.